As usinas de açúcar e álcool estão envolvidas em três cadeias de suprimentos que se inter-relacionam em um sistema complexo, que vincula os setores de alimentos, combustíveis e energia. No setor alimentício é sempre interessante produzir açúcar a baixo custo, uma vez que ele participa como insumo de diversos produtos. No setor de combustíveis, o etanol firmou-se como uma alternativa de fonte renovável em relação às opções derivadas do petróleo. Já no setor energético, a queima do bagaço proporciona energia para os próprios processos das usinas e ainda é capaz de gerar excedentes para a rede. Devido às pressões ambientais, uma mudança recente nos tradicionais processos de produção do setor foi a proibição da queima da cana-de-açúcar como atividade pré-colheita. Essa mudança resulta na disponibilização da palha da cana-de-açúcar como material que pode ser utilizado como insumo para a produção de etanol de segunda geração (E2G) ou ainda para queima nas caldeiras da usina e posterior destinação de energia elétrica para a rede. Nessa palestra a temática a ser discutida será o aproveitamento energético da cana-de-açúcar como um todo e os impactos que esse interesse traz ao setor sucroenergético.