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17 de maio - 19h30 às 21h

Local: West Brothers - Avenida Trabalhador são-carlense, 67

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Como desenvolver novos medicamentos a partir da nossa biodiversidade?

Como são desenvolvidos novos medicamentos com base em compostos encontrados na biodiversidade brasileira? Substâncias sintéticas também podem ser usadas como remédios? Quais são os principais desafios enfrentados pelos cientistas nesse longo processo?
Essas são algumas das questões a serem respondidas neste bate-papo. Estima-se que cerca de 60% dos medicamentos disponíveis no mercado são derivados de produtos naturais ou inspirados em produtos naturais. Não é de hoje que pesquisadores de várias partes do mundo estão de olho na biodiversidade brasileira.


Nesse sentido, foi criado o projeto Biota, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e, mais recentemente, o Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. Assim, vários cientistas brasileiros se envolveram mais intensamente na procura por compostos oriundos de nossa biodiversidade.


Os três convidados para este bate-papo fazem parte do CIBFar e contarão para o público presente como se desenvolve um novo medicamento. Um trabalho que exige uma colaboração intensa entre cientistas de várias especialidades. Algumas dessas colaborações, por exemplo, gerou a criação da primeira base de dados sobre compostos químicos naturais extraídos dessa biodiversidade, batizada de NuBBE Database. Essa base de dados oferece informações sobre mais de 640 substâncias, incluindo suas propriedades físico-químicas, biológicas e até a estrutura tridimensional dos compostos. Tais informações são essenciais para pesquisadores e empresas que atuam em química medicinal.


Esses dados estão disponíveis na web, reunindo o conhecimento gerado em mais de 15 anos de pesquisas do Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais (NuBBE) do Instituto de Química da Unesp de Araraquara. Foi desenvolvida em colaboração com pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, que é a sede do CIBFar. Ainda fazem parte do CIBFar pesquisadores do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos, do Instituto de Química da UNICAMP e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP.

Glaucius Oliva

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Professor Titular do Instituto de Física de São Carlos/USP. É coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. Doutor em Cristalografia de Proteínas pela Universidade de Londres (1988), lidera uma equipe de pesquisas multidisciplinar de físicos, biólogos e químicos, com projetos que incluem colaborações com empresas farmacêuticas nacionais. Suas pesquisas estão centradas em biologia estrutural e química medicinal aplicadas ao planejamento e desenvolvimento de novos fármacos, com particular ênfase em doenças infecciosas endêmicas brasileiras. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico. Também é membro da World Academy of Science for Developing Countries (TWAS) e Fellow do Birkbeck College - University of London. Foi diretor e presidente do Conselho Nacional e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), bem como fundador e membro do Governing Board do Global Research Council (GRC).

Vanderlan Bolzani

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Professora Titular do Instituto de Química Araraquara/UNESP. Fez pós-doutorado no Departamento de Química no Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia, nos Estados Unidos. Foi professora visitante na Université Pierre et Marie CURIE, Paris VI, em Paris. Membro assessor do Comitê Assessor de Química do CNPq e do Conselho Deliberativo do CNPq, é diretora da Agência de Inovação da UNESP e membro da International Union of Applied Chemistry (IUPAC), da American Chemical Society (ACS), da American Society of Pharmacognosy (ASP), da Society for Medicinal Plant and Natural Product Research (GA) e da Royal Society of Chemistry, do Reino Unido (RSC).Pesquisadora do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, entre eles: o Prêmio Kurt Politzer de Inovação Tecnológica, categoria pesquisador, ABIQUIM; e o Prêmio LOréal Mulheres na Ciência. Atualmente, integra o Scientific Advisory Board LOréal, Paris. Desenvolve pesquisa em química de produtos naturais, com ênfase na busca por substâncias bioativas, metabólitos secundários e peptídeos, metabolômica e química medicinal de produtos naturais.

Arlene Correa

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Professora Titular do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Fez doutorado-sanduíche na Université Joseph Fourier de Grenoble, França, e pós-doutorado na Stanford University, nos Estados Unidos. Membro da American Chemical Society (ACS) e da Royal Society of Chemistry (RSC), é coordenadora do Centre of Excellence for Research in Sustainable Chemistry (CERSusChem) e pesquisadora do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. Foi chefe do Departamento de Química da UFSCar e tem vários livros publicados sobre Química Verde e várias patentes depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Desenvolve pesquisas na área de Síntese Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: síntese de produtos naturais bioativos, química combinatória, química verde e ecologia química.

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